segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Deito-me quando o sol está prestes a nascer, e a agonizante alegria primaveril enche os meus olhos secos e vazios, tenho vontade de matar todas as andorinhas, para que a primavera não chegue nunca mais, e chova durante todo o ano.
Sou masoquista ao ponto de ainda não ter destruído a televisão, e de todos os dias sempre que posso, perder horas em transporte públicos, sendo invadido com um mar de banalidades de mentecaptos desconhecidos, que afogam os últimos restos da minha ténue inteligência.
Gostaria de ser atropelado todos os dias ao acordar... e de perder a memória, acordar minutos depois acreditando que me basta respirar, para poder dizer que estou vivo e sou feliz, ou então uma agradável lobotomia que me deixava fresco e jovem, qual clister ao pensamento.
Era bom... talvez hoje não me custasse tanto pedir meia-torrada e um galão.
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