segunda-feira, 30 de abril de 2007
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segunda-feira, 16 de abril de 2007
Foi fogo, e como o poeta determinou, ardeu e ninguém reparou, nem mesmo ele, que albergou as labaredas inflamadas, no seu quarto dos fundos durante meses. Agora acorda durante a noite engasgado com o fumo que lhe entope a garganta. O sabor do sangue e das lágrimas mistura-se na boca, e são as memórias que surgem enquanto vomita lentamente o coração carbonizado, que lhe torna difícil engolir em seco e voltar a adormecer.
Diziam-no louco, um extremista romântico que por teimosia rejeitava o amor e outras pequenas amostras de condimentos para a comida de plástico que serviam nos aviões. Seu único problema era a escrita, durante anos viveu atormentado tentado que as palavras que escrevia na areia molhada da praia onde dormia, não fossem apagadas pela maré, em vão lutou durante anos, gritou palavras no ar, mas o vento levou-as para longe onde ninguém as podia escutar.
Só a pedra poderia aguentar corajosamente a lenta erosão do tempo e do esquecimento. Na pedra trabalhou, perdia semanas a escrever uma única frase, de um longo poema que acreditava ser perfeito. Sem saber quando o iria terminar, sabia só que o que esculpia não seria nenhuma obra para exposição, mas sim a sua campa.
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domingo, 8 de abril de 2007
Estamos em abril e aqui está a melhor musica do Ano.
para aqueles que se poderão preocupar, aquando da visita do meu humilde canto,com o facto de não publicar nada há algum tempo, garanto-vos que o blog não parou, tenho varias frases a dançar-me na mente, estejam descançados, estou só a dar-lhes luta para as tornar mais mansas e moldaveis.
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