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terça-feira, 30 de outubro de 2007
Rua do Amor (de passagem)
Deslizo bêbado pela longa e torta rua do amor, semeio pequenos sonhos entre as pedras da calçada, esperando que a luz de um outro dia mais luminoso cuide deles, melhor que este coração fechado para obras de manutenção.

É interminável esta rua de casas sem janelas e de portas trancadas, mas para um homem vazio não mais são que paisagens mortas que me embalam pela ruela maldita.

Faz algum tempo que a solidão me abandonou, deixando-me a sós com a saudade… que se diga não é boa companhia… pouco se faz ouvir, e quando se pronuncia é sob a forma de gélidas e negras palavras que me paralisam e me fazem cair na sarjeta, onde escorrem histórias de amor sem finais felizes.

3 Comentários

E não andamos todos nós bêbados na rua do amor? A trepidação tão caracteristica de quem pisa tal calçada. Dói sempre, eu sei.

Gostei muito da imagem da solidão ter-te deixado a sós com a saudade! É mesmo uma verdade que a solidão implica uma ausência de alguém, assim como a negação d um Deus implica uma prévia crença nele mesmo!

doi ... se doi ... Mas sempre que a ressaca passa ... voltamos sempre a beber mais um copo ... e a história repete se ...


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