segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Continuo a queimar histórias de amor para iluminar os meus serões, também por uma questão de arrumação… Sentado faço a minha higiene emocional, como se depilasse o coração duas vezes por mês.
As labaredas ganham novo vigor a cada sonho incinerado, fazendo com que parágrafos se estilhaçassem em pequenas fagulhas que dançam pelo quarto, semelhantes a pirilampos acasalando em noites quentes de verão.
A combustão de memórias e sentimentos deixa no ar um cheiro a frutos silvestres, igual ao perfume de antigas paixões… nada que impressione um homem de mãos queimadas.
A luz trémula da fogueira cria sombras em todo o quarto, sombras onde sei que se escondem fantasmas, que mais tarde, quando só cinzas restarem sobre o chão, surgirão levianos para me cantar ao ouvido canções de românticos suicidas
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