segunda-feira, 6 de agosto de 2007
O vento parou e no meu quarto fiquei mais sozinho. Sonhando com um belo pássaro azul que chora lágrimas de sangue, prisioneiro numa gaiola de ossos, capturado no dia em que tentou voar até ao sol.
O tempo volta atrás e volta a passar, numa viagem de anos que se resume a um piscar de olhos… Tudo isto deixa-me atordoado, sem forças para me erguer e chegar ao interruptor… Passo mais uma noite no escuro deitado no chão de sentimentos recalcados.
O alvorecer não é mais fácil, tenho a boca seca, a luz que há tanto tempo me é privada e com que fantasio, fere-me de morte os meus olhos inchados. Desabituado ao meu corpo, tento coordenar movimentos delicados para não desfazer as teias das minhas companheiras aranhas.
Levanto-me e o meu estômago é invadido por um enjoou tal que caio fulminante no chão. A minha cabeça explodiu, e por todo o quarto pensamentos sujam as paredes de sangue e lágrimas.
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