quarta-feira, 30 de maio de 2007
Espero no vazio, pelo cerrar dos meus olhos, por uma simples fuga a este tormento silencioso que me obriga a horas de sobriedade alarmante e corrosiva. Tento à força que os meus olhos cedam ao cansaço e se deixem derrotar pela louca vontade de encontrar no escuro dos meus sonhos o delicado sabor da serenidade.
Mas o indolente sono não surge, e reviro-me novamente nos lençóis enrugados que não resguardam a minha alma por completo. Lentamente afundo-me em confrontos com a realidade e outros meus pesadelos, onde destapo receios e pudores que me assombram e constrangem.
Debilitado, sem qualquer réstia de apreço pelo o que um dia fantasiei ser, entrego-me ao silêncio interior, que me autoriza a evacuação de todos os sentimentos, tornando-me eu apenas um aglomerado de matéria inerte desprovido de emoções e sonhos.
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