terça-feira, 1 de maio de 2007
Esta é de certo a noite mais silenciosa do ano, parece que o vento se deitou cedo, pois nem uma brisa se faz sentir. Em meu redor e dentro de mim, um sossego como nunca sentira antes, como se o silêncio fosse um lençol de seda que me cobria a pele e toda a alma, de uma forma protectora que me permitia discernir o Mundo e o Homem como se duas matérias independentes e auto-suficientes fossem.
Fecho os olhos, e o que apenas oiço é o delicado tocar das pestanas. Nunca me tinha apercebido que um simples e delicado piscar de olhos, produzia um som tão poético como um acorde das harpas das musas gregas. Gostava agora, de descobrir qual seria o som dos teus lábios nos meus, seria algo romanticamente banal, ou um aprimorado suspiro dos Deuses?
Apago o cigarro e adormeço no banco do jardim.
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