sábado, 3 de março de 2007
Tropeço-me
Rasteiro-me com pensamentos fúteis e ideias formatadas
torno-me repetitivo e insuportável
as palavras que sempre uso tornam-se mais pesadas,
e levam-me ao fundo.
Esta frio aqui.
A luz não chega e as soluções são problemas
As perguntas como um amontoado de tijolos,
formam um muro que não me deixa ver além
Era como se cego fosse,
até preferia possuir tal handicap
teria motivos para sonhar com lugares,
com sorrisos e olhos brilhantes
Poderia imaginar-me,
iria certamente apagar as olheiras
da minha cara encardida
Oh beleza e perfeição!
Sou tão imperfeito
que me apaixonei pelos meus defeitos.
Tão únicos como banais,
tornam-me este barro colorido
em vários cinzentos e tons de arco-íris.
Ora fácil de moldar,
Em dias que o calor e o óleo do teu amor,
me preenchem e derretem,
ora sólido e frio
inundado de indiferença e sarcasmo
Mais não sei, e por agora dispenso saber
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