C h o v e u

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Quarto 210

3 Comentários

por Letras de Babel, a 1 de maio de 2007 às 03:48

mesmo na mais granitica e abismal escuridão...uma luz.

e uma voz levada na asa dum violino...

...........

bjs

por Maria Strüder, a 1 de maio de 2007 às 22:50

Foto excelente
Música tripante

por Claustrofobia, a 17 de maio de 2007 às 18:52

E Linda Martini... :)

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segunda-feira, 16 de abril de 2007

apontamentos esculpidos a pedra

Foi fogo, e como o poeta determinou, ardeu e ninguém reparou, nem mesmo ele, que albergou as labaredas inflamadas, no seu quarto dos fundos durante meses. Agora acorda durante a noite engasgado com o fumo que lhe entope a garganta. O sabor do sangue e das lágrimas mistura-se na boca, e são as memórias que surgem enquanto vomita lentamente o coração carbonizado, que lhe torna difícil engolir em seco e voltar a adormecer.

Diziam-no louco, um extremista romântico que por teimosia rejeitava o amor e outras pequenas amostras de condimentos para a comida de plástico que serviam nos aviões. Seu único problema era a escrita, durante anos viveu atormentado tentado que as palavras que escrevia na areia molhada da praia onde dormia, não fossem apagadas pela maré, em vão lutou durante anos, gritou palavras no ar, mas o vento levou-as para longe onde ninguém as podia escutar.

Só a pedra poderia aguentar corajosamente a lenta erosão do tempo e do esquecimento. Na pedra trabalhou, perdia semanas a escrever uma única frase, de um longo poema que acreditava ser perfeito. Sem saber quando o iria terminar, sabia só que o que esculpia não seria nenhuma obra para exposição, mas sim a sua campa.

8 Comentários

por perdida em Faro, a 16 de abril de 2007 às 15:13

Há vezes em que depois de muito trabalho e a muito custo...cabamos por desistir. Quando a perfeição do poema parece determinante paa no dia a seguir tudo perder o sentido. Na areia é mais fácil...é só a maré subir. Mos vidro e com a minha caneta é mais fácil...é só o frasco de alcool. Mas a pedra e a campa que nos acompanha não será nunca terminada e não serei eu a pôr um ponto final na minha última frase!
Obrigada...sábias e sentidas (por mim)as palavras que em ti li.

por perdida em Faro, a 16 de abril de 2007 às 15:14

Sorry: errata:paa=para e Mos=Nos
Obrigada

por Maria Strüder, a 17 de abril de 2007 às 21:18

Ai Chincas Chincas...

por Letras de Babel, a 23 de abril de 2007 às 05:17

dói.
esculpir palavras em pedra.
e mata. lentamente.
o poeta sabia...

__________

bjs

por Cris, a 24 de abril de 2007 às 21:35

Mas persistiu apesar das dificuldades... e independentemente do propósito que revestiram as suas palavras, o importante é que conseguiu encontrar uma forma de que perdurassem para além dele no tempo... Jinhos

por Claustrofobia, a 27 de abril de 2007 às 11:40

As palavras ás vezes podem mesmo matar. Nem que seja o lado esquerdo.

P.S. Não, não gostei do que ouvi. Preferia as ondas do mar.

*

por Joanne, a 28 de abril de 2007 às 20:00

És mesmo bom no que escreves...fico verde de inveja...o que vale é que verde é uma cor bonita ;)

por Klatuu o embuçado, a 30 de abril de 2007 às 17:50

Belo texto! Prosa sóbria e inteligível.

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domingo, 8 de abril de 2007

a melhor musica do Ano

Estamos em abril e aqui está a melhor musica do Ano.

para aqueles que se poderão preocupar, aquando da visita do meu humilde canto,com o facto de não publicar nada há algum tempo, garanto-vos que o blog não parou, tenho varias frases a dançar-me na mente, estejam descançados, estou só a dar-lhes luta para as tornar mais mansas e moldaveis.

3 Comentários

por Maria Strüder, a 8 de abril de 2007 às 13:25

Andas é a preguiçar malandro!!!!
E sim, o som é muito bom, apesar de que quando o ouvi pela primeira vez não gostei.
Abril é um mês especial...

por perdida em Faro, a 9 de abril de 2007 às 14:23

Boa escolha musical...para conduzir, para andar na praia e para as férias da páscoa que para mim nem férias foram. Boa escolha musical e que inveja a minha de tu seres capaz de retrair o escrever para amaciar as ideias, para pensar melhor. Não sou capaz. Tentei muito tempo. Depois decidi-me a olhar ao espelho e a aceitar-me como sou: impulsiva e sei que assim desperdiço boas ideias que se fossem duas vezes pensadas ou trabalhadas com outras palavras resultariam melhor. Ainda assim, escrevo.
Obrigada e espero no meu ecoponto pela chuva aqui de dentro. Voltarei para me molhar em mais palavras.

por Anónimo, a 10 de abril de 2007 às 15:33

Muito bonita a música, como se chama?

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